#Ilhado
Enquanto isso vou usando os wi-fi por aí e a internet aqui da loja. E também montei o kit de sobrevivência para essas longas horas offline: Super Banco Imobiliário (estava chateado, precisava descarregar), séries e mais séries no computador (e também Gilmore Girls) e também os vários livros que comprei nessas promoções do Submarino e não pude ler.
Só espero não ter uma crise de abstinência por causa do MSN.
Diário de Bordo #1
Indicação Literária
O livro de hoje é: Melancia, de Marian Keyes. Já li "Férias" que também é dela há um bom tempo e estava curioso para ler outros desse mesmo segmento. Andando pelas Americanas antes de começar a trabalhar, encontrei uma versão pocket da Best Bolso para Melancia e também para Férias.
#não esqueci a senha
#será?
LÉO (voice over) – Dizem que durante as madrugadas o cérebro de algumas pessoas torna-se mais aguçado, produtivo... É sempre um ótimo momento para criações, descobertas; visitas ao fundo de si mesmos trazendo à tona músicas, sonetos, livros completos. (pausa) Não no meu caso. (câmera focaliza a janela aberta de um pequeno complexo residencial de apartamentos. Uma luz acesa nessa janela, uma figura masculina debruçada no beiral. A câmera se aproxima e então pode-se ver o narrador Léo) Eu não sou nenhum tipo de jovem revelação talentosa, tampouco desenvolvi alguma teoria revolucionária. Estou por aí, indo e vindo, tentando sacar qual é a disso tudo, entende? Meu trabalho é comum, num lugar comum, cercado por outras pessoas comuns. Mas aí de repente vem aquela sensação de que falta alguma coisa, de que não é bem por aí e que a vida tem, sim, mais a oferecer. Já sentiu essa sensação antes?
TÚLIO (voice over, até debruçar-se na janela também) – Já, é fome. Você viu meu isqueiro por aí?
Léo entrega o isqueiro. Os dois acendem um cigarro e ficam olhando a cidade.
Corta para abertura.
#Gato
#O tempo - e o que fazemos com ele
#Breviações
#Breviações
Estive ímpar por muito tempo
Até que nossas vidas paralelas
distraídas
Entraram no mesmo atalho.
Impassíveis,
Deixamos nos envolver
Unindo partes e pensamentos
Imparciais.
Partimos numa aventura
Dispostos a viver nosso sonho
E a sonhar uma nova vida
Particular.
A sorte nos empurra
Fechamos os olhos...
Temos todo o tempo
E não vamos parar.
Em busca de palavras
Descubro seu sorriso
No mistério de seu olhar
Encontro meu conforto.
Sem percebermos viramos par
Dividindo o mesmo corpo
Compartilhando o mesmo momento
Multiplicando sussurros e gemidos.
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Gabriel Chacon - 11/03/2005
#ra
Tudo graças ao comentário de Ruth Connors, do Expresso do Oriente.
#Música
ALTAR PARTICULAR - Maria Gadú
Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal
E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós
Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser
Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor
#de versos e reaparições
E se ao invés do "não"
a boca tivesse encontrado o "sim"
Se o aperto no peito
não fosse a saudade chegando assim
Se as noites e os dias
corressem menores para eu vivê-los
Se chuva e lágrima
caíssem do mesmo jeito,
mas não com o mesmo efeito.
Ainda que não alcançasse a mão,
pudesse ter o sorriso
E se a letargia abrandasse
Meu corpo todo falasse
Essa angústia cessasse
e eu me rendesse...
A sina de desesperar
Desamparar
Desabafar
#orkut, ciúme, telefonema
Mas era um desses pré-pagos pai-de-santo, que só recebem porque nunca tem crédito o bastante para fazer uma ligação que não seja para os números da própria operadora. Liguei de volta.
Na verdade a pessoa, ao contrário do número, era conhecida. De vista, pois não nutro nenhum tipo de afetividade por ela - neste caso ele. Um funcionário do outro shopping.
Como ele conseguiu meu número eu só fiquei sabendo bem depois, quando minha mãe me contou. Eu já estava bastante surpreso com o motivo da ligação, quanto mais saber como ele conseguiu meu número.
E o motivo - o fato de eu ter deixado um mísero e descontraído comentário em uma foto do orkut com as palavras "chúnior" ou "xunior", já nem me lembro mais.
Às vezes um apelidinho bobo opera monstruosidades numa mente neurótica e leva a pessoa a querer tirar satisfação. O que aconteceu neste caso.
Era um misto de indignação e surpresa, mas eu fiquei muito mais espantado!
Fato é que na festa de aniversário de meu amigo Rafa, passei um bom tempo junto com meu amigo Eddie e na presença do dito namorado, chamando esse menino pelo apelido e forma com que dizemos as palavras com J e G agora - usando o fonema /ch/ (se é que existe um fonema assim! rs). Por exemplo: chente, achuda, Chúlia e Chúnior.
Aí que eu resolvo postar um comentário relembrando a festa e recebo essa ligação como resposta, quédizê...
Tendo que parar meu trabalho para ouvir namorado ciumento e inseguro lamuriar pra mim... Faça-me o favor.... Como gosto sempre de salientar, prefiro os morenos altos e magros/saradinhos!
Lembrei-me dos versos:
"O ciúme doi nos cotovelos,
na raiz do cabelo,
gela a sola dos pés..."
#off
Mas quem sabe depois dessa noite algo mude.