tirando as teias



Pois é... até a mim este momento de silêncio estava preocupando. Onde estão minhas ideias? (Agora sem acento mesmo. É a preguiça virtual tomando conta do Acordo Ortográfico) Em que lugar do meu confuso e privilegiado cérebro eu as guardei? (ok, privilegiado é por minha conta! hohoho).

Não sei muito bem onde situar esse post... se resolvo deitar no meu divã virtual e soltar as palavras por lá, ou se vou escrevendo assim. Eu ainda não sei bem como nomear esse aglomerado de pequenas coisas que estão na minha cabeça e me fazem sentir assim.
E de repente acordo um dia nessa semana com uma tensão insuportável nos músculos do meu ombro, que não é bem no ombro porque o ombro mesmo é puro osso né, mas aqueles músculos onde normalmente apoiamos as coisas. O que importa é que parece ter um caroço no lado direito. E dói! Gente, como dói! Agora olhe para mim e responda: de onde, diabos, veio tal tensão? O que desencadeou tal reação? É certo que tenho passado por poucas e boas no trabalho (ainda mais agora com a inauguração de uma outra loja), esse calor tenebroso não ajuda em nada, uma certa aflição por parte de minha mãe e tudo isso combinado com a minha já forte tendência a acreditar numa grande conspiração contra o bem estar mundial.
Ferias, ferias, ferias! (Sem acento mesmo? Se ainda tiver acento, por favor, do lado da janelinha, com a cadeira vazia junto a minha e me acordem quando o ônibus parar na rodoviária Novo Rio - por falar em Rio, saudações a meu grande amado amigo que está agora no Rio, ensaiando... se tornando um artista também!)
Engraçado estar sem palavras ou sem saber como organizar as que já tenho, ainda mais porque minha compulsão literária está muito mais forte! Acho que é só a vontade de preservar certos pensamentos e não transformá-los em palavras gratuitas. Ou sentimentos gratuitos.
Os amigos estão fadados a ser nossos amigos apenas durante a fase solteira de suas vidas? Apenas quando pizza e filme em casa é o programa mais indicado? Não é bem ciúme... é o medo descontrolado de associar namoro com distância, com frugalidades, com bom-dias, com "isso é tudo"... "Iaiá, se eu peco é na vontade..."
Estou sentindo o vento batendo no meu rosto enquanto fico sentado nesse balanço. Indo e vindo, frente e trás. A impressão é de sentir as pessoas também indo e vindo, novas e já conhecidas. E se mais alguém prestar atenção, vai entender porque me deixo embalar - é Yann Tiersen que me toca ao ouvido.

5 Response to tirando as teias

  1. Acho que sei um pouco como se sente amigo e se serve de consolo: um dia passaremos por isso também, porem não chegou nossa hora, ainda.
    Adorei a volta.

    Beijo.

  2. Anônimo says:

    Achei esse blog no Google por acaso, botando uma frase da coleção Conte Outra Vez pra ver no que dava... hehe
    Adorei a tua escrita, parabéns.

  3. Lua says:

    Saudades das suas palavras...tava bem sumidinho!

    Isso me incomoda tambem...Nosso dia chegará!

    Bejo!

  4. Anônimo says:

    "porque não se junta tudo e mistura numa coisa só?"

    Essa é a sensação que tive ao ler seu texto. Sentimentos distintos se misturando e dando voz ao seu "eu", que claro, nunca deixa de ser lírico.

    Outros.

  5. Ian Japinha says:

    Biel, lindo.. além de muito tocante e profundo...
    A foto ilustra bastante alguns momentos muito importantes em minha vida..
    Gostei muito também da seleção de músicas, parabéns!
    Abraços!