#Breviações


- É que tenho uma certa dificuldade em articular com destreza as palavras, entende? Expor um ponto de vista. Ainda mais com essa sua vontade tão explícita de querer que eu diga sobre mim... não, não estou fugindo do assunto, nada disso. Só não sei se vou conseguir driblar minha prolixidade para deixar claro para você quem eu sou. Hein? Não existe 'prolixidade'? Então como é? Mas depois você me explica, estou no meio de um pensamento... mas sabe quando a gente não deve ir contando tudo de uma vez? Sei lá, mas que graça tem se eu me sentar com você agora e ir falando tudo de mim, coisas das quais eu gosto, das que não gosto, que já machuquei meu joelho andando de triciclo quando era criança e que também já caí da privada quando tinha pouco mais de 1 ano e bati a boca no chão enquanto minha mãe tomava banho? Entende o que eu quero dizer? Porque se eu te falo tudo isso agora, cara, acaba o mistério, acaba aquela vontade incessante de querer descobrir algo de mim que ainda fica guardado - aquele sonho, aquele medo, aquele plano de mudar para longe daqui levando só minha mochila nas costas para encontrar sabe-se lá o que. Talvez um grande amor, desses que a gente fica com vontade de contar num livro. Viu? Eu disse que fica difícil parar depois que começo a falar... mas agora é a sua vez. Eu prometo que fico aqui quietinho, ouvindo, esperando para fazer os comentários nas horas em que você tomar fôlego. E também não vou interromper para contar que já vendi meu violino para voltar do Rio de Janeiro e que... Oi? Tô fazendo de novo né? Desculpa... pode começar.

DE COMO EU CORRI PELA RODOVIÁRIA


Depois desse pequeno deslize sentimentalóide, volto à programação normal com as histórias das minhas férias - que são bem mais divertidas que minhas noites insones de crise.

Bom, durante a noite de sexta eu arquitetei todo um plano para poder ir para Barra Mansa no sábado, num dos primeiros ônibus que saísse do Tietê. Entrei no site da Cometa, usei o CrediMãe e reservei minhas passagens. Fui dormir um pouco mais tranquilo.

Como sou um pouco metódico com isso de horário, escolhi uma saída razoável, que desse tempo de comer e então chegar à rodoviária com folga para embarcar. Mas...

Queria porque queria comprar o Box de Sex and The City que estava na promoção e quando percebi já era 13:15. Tá, se eu estivesse aqui em Franca, sem problema, mas era São Paulo né galere e eu precisava estar antes de 14h na rodoviária... de modo que surtei e sai cortando os corredores do Shopping Paulista, batendo mala e mochila nas pessoas nas escadas rolantes (tudo isso por causa do maldito consenso de se andar pelo lado direito até mesmo em escadas rolantes de shopping, mas tá) e nunca que o piso da saída chegava...

Finalmente avistei... sério, eu não tava nem aí com minha mala, mesmo porque nem conseguia sentir direito meu ombro por causa do peso. E meu amigo oriental mudo à tira-colo tentando acompanhar meu passo.

Chegamos ao metrô e logo veio um... embarquei e fiquei contando os minutos pelo celular a cada estação que passava. Gente, nunca na minha vida chegar ao Tietê pareceu demorar tanto.

Desci exatamente às 13h55 desesperado para lembrar onde era o guichê da Cometa e retirar minha passagem e descer para as plataformas. Só correndo mesmo. Fiz todas essas ações anteriores em menos de um minuto e corri para as plataformas. Como estava um calor terrível quando parei já tinha a camiseta molhada e o gel do meu cabelo escorrendo pela testa. Arfando.

Não vi o ônibus na plataforma correspondente. "Tô fudido!", pensei. O ônibus já saiu, perdi meu dinheiro e tenho que ficar aqui nesse calor esperando o próximo. Perguntei para um homem que estava por ali e ele me orientou no sentido de que o ônibus não havia chegado. Quase sentei no chão mesmo, sem poder respirar direito.

E pra fechar, dentro do ônibus fui obrigado a trocar de lugar para que duas amigas ficassem juntas e eu com um colega de poltrona muito estranho.... Qué dizê...

#Desenlace


Sim, doutor, sou eu novamente. Eu sei que sempre o procuro em horários pouco comerciais, mas achei que já estivesse acostumado com esses meus rompantes. Enfim...
O que foi dessa vez? Ah, o senhor sabe... como sempre estou quieto no meu canto e a Vida resolve dar uma de engraçadinha pro meu lado e dá nisso. Quer dizer, meu deus, já são 3 anos sem nenhum tipo de contato, nem mesmo telefônico ou de ordem MSNiênica. Última notícia que tive foi de ter se acidentado e praticamente morrido - o que foi suficiente para me botar maluco, querer pegar um ônibus e cruzar uns 700km ao encontro de sabe-se lá o que.
Aí então hoje, de repente, assim como se fosse algo mais banal que dar uma descarga, pumba! Mensagem piscando na minha tela: "oi! você sumiu!"
Annn sim!! Achei que não quisesse mais nada, terminamos, você fica aí cuidando do seu corpo e pegando todo mundo enquanto eu fico aqui com a minha vida condenada de morador de cidade do interior paulista com sonhos metropolitanos.
Não, não foi isso que disse. Na verdade fiquei um tempão pensando em algo para dizer.
Eu sou aquariano meu e entenda por aquariano o seguinte: orgulhoso ao extremo, dissimulado, calculista até mesmo nessa situação, mas também um bobo com coração de adolescente e experiências que não ouso colocar aqui.
E até onde é desejo genuíno e até onde é necessidade de prêmio individual?
Aí é que está! Eu preciso da presença, feeling e timing, olhar nos olhos, dizer montes de coisas, ouvir outras tantas e depois disso, aí sim saberei se foi ou se poderá ser.

Vou deixá-lo com Beethoven agora. Acho uma tremenda falta de respeito interromper Serenata ao Luar. Além disso é bom para você pensar em algumas coisas.
Ligue-me quando precisar.

O ESTRANHO CASO DO ORIENTAL MUDO


Bom, férias pra mim não são férias se eu não viajar! Boto minha mãe louca com os meus planos, mas se não for assim, não tem graça e nem fundamento tirar férias - pra ficar em casa, basta minha folga diária.

O negócio é que eu adoro viajar, perder umas horinhas em ônibus e criar toda uma realidade para mim até o destino.

Nestas minhas útlimas férias o plano era - final de semana em São Paulo, Barra Mansa até o feriado de 07 de setembro e depois Rio de Janeiro.

Pularei a parte da estrada e vou começar a partir do momento que cheguei a Sampa e liguei para o meu amigo virtual de MSN que faria as vezes de anfitrião no sentido de fazer com que ele fosse me esperar na saída do metrô.

Passo pelas catracas e lá está a pessoa. Fomos caminhando até seu apartamento e aqui arrisco a dizer que talvez ele não ouviu que eu tinha aceitado a oferta de ajuda para levar minha mala ou minha mochila, mas enfim... Pouparei os detalhes. Segui firme para o apê. Minhas coisas no chão, café da manhã e enquanto eu preenchia todas as lacunas tirando assunto sabe-se deus de onde, ele só ficava me olhando. E é MUITO estranho quando isso acontece. Ainda mais para uma pessoa que tanto gosta de falar.

Sério galere, me senti um tanto quanto deslocado, porque eu queria me comunicar e meu interlocutor não correspondia. Acho que ele pensou que seria como aqui no blog, que eu falo sem parar e ele só faz um comentário no final de tudo. hehehe....

Mas mesmo assim tenho que agradecer, pois fiquei na casa dele e tudo. Só que né, preciso de gente que converse comigo....

E essa foi a parte 1.
Claro que nesta sexta que fiquei em São Paulo fui ao Ibirapuera e vi uma exposição maravilhosa, ganhei um Big Mac e quase comprei o Box de Sex and the City porque estava na promoção! hauhauahua.

Para finalizar, uma piada interna - 269 tem um significado completamente novo!

Então tá!


Já que eu não fiz nenhum relato decente e com a riqueza de detalhes que me é peculiar em minhas histórias, postarei nestes dias que seguirão, como foram as minhas férias. Porém apenas as partes mais relevantes.

Tá, ou pode ser preguiça de pensar em outro assunto. Mas sério, tenho MESMO que colocar aqui algumas das passagens mais bizarras, engraçadas e românticas também - se as tiver.

Noite em claro, gato sem o movimento da pálpebra, invasão na peça de teatro, entre outras!

Quem sabe essa semana então... pretendo estipular temas, para que fique mais fácil.

Outro.