De como o comentário vira post


Comentário recém deixado por mim no blog da minha amigasiamesa:

Sim, ele é adepto das listas e as cultiva até hoje, em tempos de decisões instantâneas. Mas ele é bipolar e aquariano, precisa de um método para a natural tendência ao inesperado.
Ai, como ele tem o coraçãozinho cheio de promessas direcionadas a um interlocutor desconhecido.
É o primeiro item da lista dele.
Quer um interlocutor de carne e osso, sem monitor fazendo a linha divisória, sem inconvenientes geográficos. Quer ser acolhido. Ele não pede muito, nêga.

"Eu que sonhei por tanto tempo em ser livre, me prenda em seus braços, é o que eu te peço"

Tirada da madrugada


Divagações no MSN às 4 da manhã:

"será que estamos condenados a sermos apenas amigos pro resto das vidas? Sempre companhia, nunca companheiros?"

Tirem suas conclusões e compartilhem as sensações comigo.
É mais um momento daqueles de crise iminente.
Ai... por favor, doutor, largue tudo isso e venha comigo tomar água de coco em Copacabana.

É assim, nêgo.


Eu disse que não era hora de ter poltrona em casa, mas você, nêgo, não me ouvia quando colocava uma ideia na cabeça. Era aquilo e pronto!
Agora ela continua aqui, no mesmo ponto, voltada para a janela de onde se pode ver ao mesmo tempo as luzes da cidade quando se acendem, os carros passando velozes e nos dias certos, a lua. E nestas noites de lua, nêgo, o coração aperta mais.
O acento da poltrona já moldado por nossos corpos, de quando costumávamos sentar juntos e passar horas - dias, se deixassem - ali, contemplando aquela luz que nos banhava, me engole todo no momento em que sento. Penso se é realmente a poltrona me cobrindo ou se são os retalhos em que transformaram nossas lembranças.
E estão gastos também os apoios onde minhas mãos e as suas apertavam forte no momento em que éramos um. Como não quisesse machucar e invadir tua carne, castigava a poltrona.
Eu não pedia muito, nêgo. Mesmo.
Bastava ficar te olhando e vendo em você os desenhos que meus dedos faziam ao passar em sua pele. E o cheiro que ficava quando você me abraçava e saía.
Não precisava muito, nêgo.
Mas de repente a poltrona ficou esquecida. Vazia, empoeirada, sem vida.
E agora, nêgo, será que tem volta?

Atendendo a pedidos...


Depois de ter minha caixa de mensagens no celular invadida por mensagens, telegramas chegando incessantemente, mihares de scraps (que eu inteligentemente apaguei) e flash-mobs em diversos lugares, farei uma nova postagem!

Engraçado como um blog pode servir de ferramenta para se tornar conhecido. E não digo tornar o blog popular e cheio de referências de algo que todo mundo está postando, imagens que todo mundo já cansou de ver e posts-prontos que preencher os conteúdos dos blogs por aí. Digo tornar-se conhecido por um blog autoral, contendo nele pedacinhos de você - nas imagens que procura para ilustrar uma história, seja nas palavras da história em si. O quanto de cada um está no blog, como as reticências às vezes significam muito mais que um parágrafo extenso.

E nesse caminho eu prossigo. Aqui é meu divã virtual (como nomeei), é meu mundinho, é lugar de contar história e compartilhar meus pedaços - que tantas vezes eu deixo guardado em mim e no final quem sofre é meu estômago com a gastrite.

Voltando ao reconhecimento, nesses últimos dias fui surpreendido por visitas e comentários bem especiais no blog de pessoas que me encontraram por acaso e se identificaram (viu como não se é totalmente louco sozinho no mundo? rs) e também o declarado retorno de minha amigasiamesa para esse mundo de letras virtuais.

Agora que estou em férias (conseguidas após uma quase tentativa de demissão, que explicarei num outro post) o blog voltará a ter mais atenção no que diz respeito a postar mais.

Mediante esta breve explicação, subscrevo-me.

Será que estou pronto para a vida de blogueiro popular? huhuhu

Lá vou eu


Estou completamente mal situado na questão espaço-tempo. Acontecimentos recentes tem me tirado do sério (e olha que pra isso acontecer leva tempo, portanto a descarga de stress foi em uma dose cavalar).
É lugar-comum, mas eu preciso deste espaço pra desabafar, além de ter passado uns 10 minutos ao telefone com alguns amigos contando o episódio (e olha que eu tento fugir dessa associação com seriados!).
Eu tenho o péssimo hábito de ouvir certas coisas e não demonstrar nenhum tipo de reação ou não dar nenhuma resposta. Em parte por preferir evitar dar prosseguimento a um assunto que vai me desgastar, parte por não gostar mesmo de discussões assim. Porém isso tudo só serve para deixar minha gastrite derretendo meu estômago futuramente e minha cabeça dolorida - mas eu não mudo. Ou não tinha mudado, pois ontem foi diferente.
Todo mundo que sabe onde eu trabalho e teve a chance de me ouvir contar algo a respeito sabe como meu patrão é multipolar (porque bipolar só é pouco). No entanto, nesses dois anos praticamente em que eu estou por lá, nunca tinha tido nada que pudesse ser considerado como uma discussão com motivos para me tirarem completamente do sério.
Aí ontem, por causa de um problema absolutamente à parte de minhas funções, ele resolveu figar galudinho comigo! Falou até babar...
Mas eu não deixei por menos e mostrei pra ele que as coisas seriam um pouco diferentes do que estavam.
Bom, deixando pra lá minha história prolixa, o que eu quero contar é que ontem eu consegui dizer, consegui expor meu ponto e isso me fez bem. Não se pode ser tão condolente o tempo todo. Claro, sem perder a educação nem ficar gritando.
E eu acho que isso é algo que eu preciso exercitar mais. Não guardar tanta coisa, não deixar passar o momento porque depois eu vou fingir que não aconteceu nada e aí só será pior.
Já estipulei meu prazo e meu limite. Só não pedi demissão ontem porque como a fábrica está em crise, era bem capaz de receber meu acerto em sapato!

Regressiva...


Escova regressiva?
Não!!

Preparação para novidades aqui no Bololog, para quem interessar...

Aguarde!

Divã


Hoje meu horóscopo orientou-me no sentido de olhar para mim mesmo, analisar-me, e cá estou eu. Já que ainda não consigo pagar pelas consultas com um terapeuta real. Mas pretendo seguir o conselho de uma cliente que passou pela loja semana passada e disse que o dinheiro melhor empregado na vida dela é a terapia. Será?
Passa dia, fala com um aqui, conhece outro ali e depois a mesma fala:
"Porque meu namorado..."
E então planos e pretensões a curto prazo se tornam "relacionalmente" inviáveis. Primeiro porque isso de gostar de alguém já comprometido é masoquismo emocional e outra coisa, como gostar de alguém cujo senso de promiscuidade é, de certa forma, falho e unilateral? Bonitinho ele, mas trai. Não, obrigado. Tô de boa de cara assim.
E então as atenções se voltam para duas coisas:
* Acabar gostando de alguém geograficamente inacessível
ou
* O problema sou eu! Todo mundo tem um relacionamento, todo mundo conhece gente interessante e eu aqui chorando as pitangas num blog.
E sem essa de colocar a energia no trabalho porque não funciona! Eu não tenho vida social por causa do meu trabalho em regime semi-escravista.
Pior ainda - como focar no trabalho quando este é motivo de mais desânimo? É preciso muito sangue-frio (entenda-se boletos vencendo) para não surtar e pedir as contas.
E a cama nunca teve tantos braços me prendendo nela de manhã como ultimamente.
1...
2..
3...
Inspira e expira