#Filme e Sessão Descarrego


A história que contarei hoje aconteceu há alguns anos, quando eu tinha uns 14, 15 anos, eu acho. Mas isso não importa. A coisa foi assim...

Depois de termos visto O Exorcista, estávamos nessa vibe de passar as tardes vendo filme de terror e comendo pipoca (eu não gostava muito de fazer coisas assim na minha casa porque a sujeira toda ficava para eu limpar sozinho).

Um belo dia resolvemos alugar O Exorcista III, por um péssimo motivo, afinal de contas a história é muito ruim, com ênfase no ruim. Só me lembro de ter visto umas partes com pombos, muito gelo seco e uma clínica de distúrbio do sono. Até achei que pudesse ser um filme do Freddy Krueger, mas enfim. Vai ver nem era o III e sim o II, mas nem por isso seria melhor. Mas voltando. Estávamos em 5 pessoas, na sala. Pipoca rolando e o filme lá... Ninguém gostando. Quando de repente notamos que a Fulana (não lembro MESMO do nome dela) estava muito quietinha sentada no sofá.

Começamos a conversar com ela, mas não respondia nada, não mexia. Aí do nada falou para colocarmos na novela do SBT - Kassandra (aquela da cigana e tal... joga no YouTube). Claro que ninguém levou esse pedido muito a sério. Mas ela continuou e deu birra até. Quando vê, soltou os cabelos, segurou o bico-de-pato perto da boca, como um microfone, e a partir daí a coisa desandou!

- Eu sou a Kassandra! Eu sou a Kassandra (e jogava os cabelos, mexia a cabeça, mãos...)

Todo mundo riu, é lógico, mas a menina continuou nessa coisa de ser a tal Kassandra, ficava chamando o par romântico dela e começou a dançar pela sala.

Pena que naquela época não existia isso de inclusão digital, de modo que câmera e celular que filmasse eram lendas.

Eu estava dividido entre rir muito e me preocupar, afinal de contas a Fulana estava relamente alterada. Uma outra amiga dela já estava chorando porque a Fulana tinha surtado, mas achava que ela estava tirando uma com a nossa cara e blá blá blá.

O cachorro da dona da casa tinha sido operado havia pouco tempo e estava bem malzinho, deixava a gente com um ligeiro mal-estar. E nossa amiga doida Fulana foi lá se compadecer do cachorro. O chorava descontrolada, conversava com o cachorro, dizia que o cachorro ia morrer e chorava mais.

A coisa toda já estava muito fora de controle, porque a Fulana queria sair e voltar pra casa dela, mas ninguém deixava a menina sair. Pra que! Aí que ela enlouqueceu. Bateu no portão, gritava, caiu no chão...

Eu não pude ver o final desse episódio porque tinha aula de inglês. Pulei a janela do quarto e fui embora! Nunca mais vi a Fulana.

#Breviações


Agora é oficial! E sem poder voltar atrás! E quando eu digo isso, é pra valer!
Preciso cortar esse meu cabelo e limpar meu rosto! Nunca ninguém conseguiu muita coisa com uma barba igual a do Che - a não ser estampar camiseta, xícara ou postêr nas repúblicas dos estudantes unespianos de História.

Não! É hora de botar uma roupa decente, ou pelo menos limpa, abrir estas janelas e deixar uma luz natural preencher os espaços onde os vidros estão quebrados - o efeito é ótimo, mas só se observado às 9 e meia da manhã, coisa que eu não fazia há muito tempo.

Ah!, hora de descer as escadas e deixar o elevador para quem precise dele apenas para fins ascensorísticos ou para quem quer um tratamento contra a claustrofobia. Eu bem sei do que minha claustrofobia é capaz e é por isso também que descerei pelas escadas.

Por sorte a bateria do meu celular está cheia e fiz uma seleção musical cuidadosa. Pelo menos as noites em claro durante as fases processuais valeram a pena! E agora os óculos. Afinal, uma pessoa não é ninguém sem seus óculos.

É até engraçado, mas eu poderia cumprimentar alguém gratuitamente que por ventura cruzasse comigo.

Tô dizendo gente, é a vontade desse novo. Vou dar uma chance. Caberia alguma citação aqui, mas o dia está começando agora. São quase 10 da manhã. Bom dia!

#Saindo de Casa


2010 começará com muitas coisas novas mesmo - com ênfase nessa redundância. A mudança sobre a qual falarei agora é a física, geográfica.

Não, ainda não sairei do convívio familiar e da "pacatez" da Vila Franca do Imperador. Não. Mamãe entrou num programa habitacional através do Sindicato dos Professores que proporcionou a construção da casa própria.
Todo mundo sabe como funcionam estes programas: ou a casa é bem pequena ou o bairro é afastado. Pegamos um pouco de cada.

Dia desses fui orientado no sentido de precisar diminuir minhas coisas, pertences, guardados. Em outras palavras - minha bagucinha, que venho colecionando há anos.

Eu já tinha feito um limpa um tempo depois que mudamos para esta casa. Desfiz-me de apostilas de Matemática, Física, Química com alívio e também um certo pesar - nunca se sabe quando me dará um surto acadêmico e simplesmente terei vontade de estudar aquele tipo de coisa!
Mas não é isso que me preocupa. Eu coleciono recortes de minha história, gosto de deixar meus fatos documentados nem que estejam representados por um ticket de cinema. E há comigo muitas cartas, textos, agendas, cadernos de relato - tudo porque acho que algum dia minha biografia valerá alguma coisa, será lida por mais gente do que apenas meu interlocutor imaginário para quem destino as palavras. Além do que, acho que guardar cartas (me entrego, de amor) conta muito para a história de alguém!

Como elaborar um grau de importância para as lembranças e memórias? Eu sou bipolar e aquariano, é uma tarefa praticamente impossível, masoquista até, arrisco a dizer.
Pode ser que eu faça uma compilação com os melhores momentos - um grande scrapbook (muito melhor que o do Orkut). Com certeza em ordem cronológica. O TOC não me deixaria fazer diferente! Ou então por temas.

*Textos Meus
*Agendas, diários, cadernos de relatos
*Fotos
*Cartas
*Recortes

O fato é que eu não tenho facilidade em deixar algumas coisas para trás e é sobre isso que se trata essa ação.
Desprendimento memorial
, trabalhemos esta arte.

#Changes


Leitores e amigës, a esse momento já devem ter notado a mudança radical aqui no Bololog. Porque afinal, depois de quase 4 anos com o mesmo template chega uma hora na vida de um blog em que ele precisa mudar.
Porém eu não entendo nada dessa linguagem complexa que é HTML, portanto ainda não consegui calibrar completamente o blog - por isso esses campos UNDEFINED ficam atrapalhando a harmonia geral.
Deixo aqui o pedido para quem estiver afim, ajudar-me.
Só para avisar que continuo brilhando muito no Twitter e não chamarei as autoridades se alguém quiser me seguir por lá - @biel_chacon

Cinemateca Bololog



Depois de muito tempo sem ter algo para dizer por aqui, reduzindo toda minha capacidade eloquente a 140 caracteres por vez, eis que volto com uma indicação.

Estava conversando com um amigo no MSN, trocando figurinhas (leia-se trocando blogs de índole duvidosa), quando ele me passou um link porque tinha achado uma cena que há muito estava procurando. Foi o link que mudou todo o direcionamento da noite.

Apertei o play para o vídeo carregar. 88minutos. "Uau!" - eu pensei. Ainda bem que era domingo e na segunda eu estava de folga.

Os primeiros 5 minutos já me chamaram atenção pela música (quando eu gosto da trilha sonora logo de cara é porque boa coisa está vindo!), a composição da cena e todo o simbolismo e presença da arte.

Foi uma experiência e tanto!

Tanto que segunda eu já estava on fire para conseguir ter o filme de qualquer jeito! E consegui! (obrigado, Orkut!).

Então galerë, fica a dica - Shelter. Os personagens são lindos, a trilha sonora, o clima e até mesmo os clichês.

Se quiser, o link do trailer é este aqui - http://migre.me/9A9S

Ou então faça como eu e se deixe levar, experimente.

Ouça só


Ele volta.
Está num processo. Esse ano foi bastante processual para ele.
Mas está chegando, pode-se até ouvir os passos, sentir a respiração ficar mais perto.

Por favor, fique mais cinco minutos para cumprimentá-lo.

Oh!


Vim aqui no sentido de dar uma mudada na data do último post, caso contrário ninguém mais vai me visitar, ler e ver como eu sou um ótimo escritor! Rá!

A playlist foi modificiada, agora temos:

Casinha Branca - Maria Bethânia
Trajetória - Maria Rita
Um Girassol da Cor do seu Cabelo - Vanessa da Mata

Sim, eu sei, tenho várias coisas para contar, mas ainda não encontrei uma forma prosamente poética para escrever. Portanto, fiquem com as músicas e os Arquivos do blog.