Terapia...



Ao contrário do que as evidências evidenciam, não é ainda terapia intensiva de choque! rs
Vim andando do Clautro Shopping até em casa. Não só por opção, porque atrasei pra sair e por isso perdi o ônibus e se fosse ficar esperando pelo próximo ia demorar mais do que se viesse a pé, mas vim andando vendo a lua... preocupado com os relâmpagos... pensando em mim, pensando em outras pessoas também... sentindo e ao mesmo tempo não querendo sentir essa melancolia não criativa e também me sentindo cansado, esgotadinho mesmo.
Liguei para o Rafa no sentido de dar a notícia nova para ele de que possivelmente consigamos uma fotógrafa para o nosso espetáculo.
Depois fui cantando e pensando mais até minha casa.

Comi. Pães de forma e requeijão. Memória emotiva - Rio de Janeiro, entre setembro e novembro de 2005 (não lembro mês exato). Eu e o meu atual namorado da época sentados na cozinha da casa dele, em Nova Iguaçu, recém chegados da rua depois de termos batido perna no centro do Rio procurando um lugar ou alguém que comprasse meu violino. Muitos lugares, muita falação, muito medo também! Como é que eu iria embora se não conseguisse vender o tal instrumento?! Eu preocupado, sentado de um lado da mesa, ele do outro me consolando e dizendo que tudo ia terminar bem e que ele ia dar um jeito de dar tudo certo. Ele sempre falava isso e sempre acontecia mesmo! No centro da mesa, pães de forma e requeijão... Não me lembro da marca do pão nem do requeijão, mas foi a primeira vez que comi requeijão na vida e estava uma delícia, apesar de todas as adversidades. Nós dois sozinhos na casa dele, a mãe dele podendo chegar a qualquer momento e sabe-se lá o que fazer ou falar! Aquele clima que era só nosso... os olhares que se encontravam e diziam muita coisa. Desde a felicidade de estar ali até a aflição se alguma coisa errada acontecesse. E foi bem por aí... À noite veio a notícia de que a mãe dele queria que eu fosse embora de qualquer jeito no dia seguinte e nenhum depois. Fiquei louco! Sem dinheiro e com violino debaixo do braço! Choramos juntos... andamos juntos... pensando no que fazer. Comemos qualquer coisa na rua e voltamos pra casa. Dormimos. No outro dia calçamos a cara e ele pediu para o ex padrasto abonado dele a grana para a passagem. Conseguimos. E aí espera na rodoviária pelo ônibus e então um telefonema - um dos caras que viu o violino tinha encontrado um comprador e no outro dia ficaria com ele! Nem acreditei! Alívio e risos! Ele me acompanhou até o ônibus. Foi a última vez que os vi - violino e ele.

O bolo que eu fiz ficou pronto agora pouco. Vou fazer a cobertura. Hoje tá tudo tão estranho que até retomei a leitura de um livro que comprei no final do ano: O MENINO DO PIJAMA LISTRADO. Acho que me lembrei porque tinha parado de ler - Bruno, o protagonista. Sim, só isso é o bastante para quem me conhece e conhece as pessoas relacionadas comigo.

Minha amiga de longa data e muito querida deixou um recado pra mim aqui!!! Viva Viva! Será que ela vem pra cá sábado? Ninguém pergunta o que vai fazer no sábado se não tem algo armado... hum... Liguei pra ela, mas estava em aula! hehehe... esperando!

3 Response to Terapia...

  1. Aí amigo, também to tão mal...
    Vou até ligar na Unifran pra saber daquele elho assunto, lembra?
    A respeito do psicólogo!
    Depois vc tem que me contar a quanto anda essa relação com o protagonista.
    To querendo ver um filminho, e vc?
    Precisamos por nossas angustias me dia.

    Outro.

  2. Ana Laura says:

    Você tá articulando tudo aqui, pensa que eu não sei? Dá a dica e só conta a história posteriormente. Isso é uma função técnica literária para prender os leitores cujo nome me fugiu agora (alzheimer em alta mesmo). Eu que caio como um patinho, pois queria mesmo saber sobre a história completa do violino. Mas sabe que eu nem iria achar ruim de ficar presa no RJ algum dia (?)


    Outro.

  3. Ana Laura says:

    Você tá articulando tudo aqui, pensa que eu não sei? Dá a dica do que vai falar mas só conta a história posteriormente. Isso é uma função técnica literária para prender os leitores cujo nome me fugiu agora (alzheimer em alta mesmo). Eu que caio como um patinho, pois queria mesmo saber sobre a história completa do violino.
    Mas sabe... eu nem iria achar ruim de ficar presa no RJ algum dia (?)


    Outro.